No barulho há um portal. De forma indesejável e inconveniente, esse portal no barulho e também no silêncio. Por mais que se racionalize e que haja toda espécie de sermão, doutrina ou orientação, persiste o portal. A cada dia ele me engole um pouco mais, pois há mais passado que futuro. Assim que dissocio do presente, suspenso e surdo, apenas a poeira que reflete a luz do sol me conecta à realidade.