segunda-feira, 4 de março de 2024

procuro na tela em branco quando a vida me confronta.
uma fuga instituida pra sentir que algo é belo, que existe complacencia.
um momento de furia, angústia e solidão.  reduzi você a uma imagem calma na parede de um quarto a meia luz.
e por mais que eu atinja o cume de qualquer monte para uma perspectiva nova, sinto que errei o trajeto.
não existe palavra mais bonita do que "você" dizia a escritora. no continuo vicio da fuga escrita a semantica de tal palavra se defaz como um céu incinerado por uma tempestade de plasma.
e caio de joelhos mesmo sem conseguir chorar. o vazio me indaga, me cobra e me cobre. 

sexta-feira, 20 de março de 2015

imagem desconstruída.
rígida, intransponível
o teu rio que seca junto com as lágrimas
é agora um abismo na lembrança
o buraco em que as imagens pairam
uma utopia.
a vida é curta pra alcançar
o ponto ideal, onde as idéias se encontram.
tropecei no propósito e você não sabe
que cai no chão
porque sabia que teu coração era bom
teu coração sempre vai ser
mas agora eu que também cresço
não espero
nem pretendo
tropeçar
para que você me olhe.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

uma mulher entrou no ônibus

a mas linda que já vi na vida
nos instante em que seus olhos caíram em cima de mim
não pude mais respirar
olho pro horizonte
me distraio
ela se aproxima
respiro fundo
olho
são 7 e 52
ela me olha também
penso
porque
eu e meu complexo de inferioridade
não vale um estorvo
então ela tira um telefone do bolso
alguém diria ser um sinal
mas ela desce no próximo ponto
e desço um pouco além
tenho horário
e vou pro interior
durmo no carro
respiro
ando pelo calçadão
não quero observar
as grifes
mas é meu trabalho
paro e sorrio
forçadamente
neste momento poderia tomar um lexotan
poderia sair de mim
pra descomplicar
tiro um pão com queijo do papel alumínio
iluminando a cabeça
vou para outra cidade
desatento e farto
sem entender quem gosto
e arrependido
sem pretensão de convencer ninguém
com alguma grana
não vejo objetivo
desejo a morte
vou vivendo
longe
dentro
de cara
absurdamente descontente com tudo
num calor desgraçado
engolindo fuligem
sem gostar de pensar

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Hoje eu vou abandonar meu senso de con·ve·ni·ên·ci·a  
e te procurar.
mas joguei meu celular no rio
estou otimista
acho que posso ser feliz
e isso é coisa de 15 minutos

caminhar com as mãos no bolso e um relatório comportamental
gestão de pessoas é uma coisa técnica e gregária
que você já transcendeu

deixa eu cozinhar pra você
te preparo panquecas
não vou tentar te convencer de nada
coloco um filme e te empresto um edredom

quinta-feira, 16 de maio de 2013

medita

quinta-feira, 21 de março de 2013

O Ciclo do novo


As pessoas "mortas" trocam olhares repulsivos entre si, descobriram-se os vícios, as vergonhas. Não há mais nada oculto, só o amor que foi um vulto, até interessante no começo, intediante no fim. Sempre haverá este ciclo: nasce, cresce... morre. Corre!... a felicidade está fugindo, como num sonho onde não se pode correr. Ela está no novo. E o que um dia foi novo já está no fim. Ninguém alcança, mas no final a gente cansa. E a ânsia volta a elaborar nos pensamentos uma saída nova... que não será eterna, mas trará as ilusões que por um momento, são só um sonho feliz... O Ciclo do novo que não tem fim...

domingo, 2 de dezembro de 2012



B-sides
Insights
Lâminas d’água
Longo e passageiro.
Instinto ou luxúria?
Química ou cínica?
Tinta pros olhos
Querosene pras veias
Teias pras noites longas
Ondas
rocks milongas