quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Não sei.
Acorda!
Má idéia essa que a gente teve; inconciente por álib ligeiro, pro dia da ressaca.
E ninguém sabe de nada, sabe-se daqueles que a si mesmos se enlouquecem e de sua eloqüência de nada saber.

domingo, 12 de julho de 2009

Depois do meio dia o céu tinha aquele azul cansado e triste, por essas horas pude comprar uns cigarros vagabundos na mercearia da rua.
Sentir é uma coisa que me antecipa a consequência antes e sem consciência da causa, como tudo fosse de acontecer, inscrito na rocha súbita.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A ilusão do controle

Se tudo no intuito foi um simples gesto de desentendimento pessoal
pensa que entende, tende a desentender-se
se inveretesse
vertesse do interesse um assunto inerte
relativo...

não pode
repelindo ou aduzindo o objeto
escorre do teto a lâmpada instante, nesse que decorre da constante:
sentimento atonal.
planando os planos na passarela, me fez correr no sonho
saber tudo de dias azuis em branco.
ornando o encanto de canto
A espera expandindo o sono

desespero de ter em mãos
equalizou ópio em doses consequêntes
ilusão do controle

domingo, 8 de março de 2009

Andejo que resta cidade pra andar de ruas.
Procurando um fósforo que acenda o tempo e queime o tempo.
Nessa hora sobrepondo o zunido, melodias heterogêneas de pronúncia pueril, cigarras compassando encarecidamente a cadência da música-menor.
Lento e pesado mal que aflige minha sorte.
Avenidas que cortam a minha sede, indiferem ao menos, como de praxe, deixando aos pés o caminho da volta por nada ter encontrado de remédio.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

DEUS LOUCO

criou dois personagens, parafraseando cada qual
em oposição ao outro
abrasivos argumentos.
Não queria afirmar
portanto dispôs sem nexo
pra cada um ter o seu de melhor interesse.
subentendendo  longe em confusas ondas de rádio mental
não é isso nem aquilo
não é nada do que você tá pensando, nem do que eu to pensando.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O que vem agora ninguém sabe, mas há um boato.
Pelos becos, rostos de casas, que ecoam a música que se ouve distante.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Não conclui nada sobre isso.
É por tirar conclusões que.
Tem sempre cláusulas redundantemente condicionais.
E nada se existe impondo existência, depende de quem olha e quer.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ontem quando dormi, já não sabia onde estava e quando pensei em acordar procurando nisso relevância...
Acordar é a pior parte por mais que se prolongue o sono.
Entulho, eu diria.
Não sei se faço uso de moral provisória ou Simplesmente, (como se esse simplesmente fosse assim tão simples) durmo de novo.
Porque existir dá algum trabalho pra consciência.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A tv projeta as cores no escuro.
A verdade gira no eixo da ponta dos pés.
Hoje eu descobri um corpo velho frente ao espelho, sem utilidade.
Meu susto te acordou? A porta amanheceu escancarada e é bem verdade que te esperei a noite toda.
O dia se mostra redundante, o relógio sem juízo marcha em círculos.
O tempo com seus sentimentos rotatórios em déjà vus profetizados, concentrando a solidão nos minutos, horas, anos... dissipando.