domingo, 26 de junho de 2011

Querida, hoje eu só queria ouvir tua voz numa frase falha - em meio as gotas indecisas de jazz - conduzindo nossa dança até o quarto
Diria rijo de sóbrio
só num brilho de vodka - ademais não precisasse por nossos próprios corpos falando
sua roupa na mesa - todas as luzes acesas - um copo largado
porque amei seu corpo
por um golpe de sorte


em certa manhã de neblina
acordei sozinho
num recinto vazio
sonhando o mormaço

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Você podia vir de trem até Santo André.
O SAMU tem estado poraqui constantemente.
As pessoas aqui se jogam do quinto andar, tomam chumbinho , ou simplesmente passam da conta.
Ontem mataram o cobrador do 125 por engano.
Eu ando rápido de uma quebrada à outra, pra quando tu chegar, ter vinho do porto e um disco novo. porque estamos vivos baby e o mundo inteiro pirou.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Deus, me deixa aqui sentado nesse banco azul, vendo o metrô passar, um após o outro.
Me deixe fora de tudo
só te peço deus
me deixa quieto, eu tomo minha paradinha
e você não me enche o saco me priva dessa bosta
e eu continuo bem louco
estação após estação

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Eu sonhei que tava em casa. e eu sei disso pelo vento serrano que entrava pelas janelas largas fazendo dançar as cortinas.
No meu telefone havia uma mensagem na caixa postal.
Bom, eu não entendi direito o que dizia, sei que era a tua voz e que você havia tentando falar comigo, mas não conseguiu.
Saí correndo descalço em direção ao lugar mais alto.
Acho que é lá onde tenho tentado chegar.