segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Precisava consertar.
Deixar as coisas claras.
Tá tudo uma bagunça.
Volto somente pra buscar minha guitarra, talvez ontem.
Já não sei o destino incerto.
Ontem, ou esquecer o que aconteceu amanhã.
Eu entendi, eu entendi, mas não era essa minha pretenção.
Aliás eu nunca pretendo quando preciso.
Fujo.
Deve ser isso então porque me faz bem.
E cada qual com sua interpretação de céu e inferno.
Interpelando Deus e o diabo, o cego.
Melhor deixar assim.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Completamente sozinho, me aquecendo ao sonho ainda morno.
Alô?
- To aqui na estação de trem sem saber pra onde ir.
Porque nessa noite tudo mudou.
Na luz de uma vela queimando, derretendo.
As mesmas imagens oníricas que já me custam tanta realidade.
Se eu pago a estrada, talvez seja melhor, pois já me disse meu caro amigo:
Se sabe, se saia dessa meu irmão!
O pior é que eu nunca sei mais do que dois ou três dias.
O agreste convida ao alento, me desespero, pois quero.
Quero agreste e quero Augusta, quero coisas de céu e velas adormecendo.
Espero por uma intersecção rara. Eclipse.
Enquanto isso, flexiono minha alma procurando no sonho.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Precisava mijar o café e vomitar a petroquímica.
Arrastou-se trombando na grade.
Ninguém entendia nada: palavras, palavras, frases... o mínimo pra pouca coisa concreta.
Os pequenos ruídos, as risadas ao fundo reagindo cansadas...
No fundo até o mais complexo tornava-se apenas substrato.
Existir e ocupar um lugar no espaço, retinir e só.