volto ao deserto o sol brando
é só a realidade
do pó ao pó
o mar apenas agita as ideias
onde escorpiões
são atalaias de Poseidon
o tom
frequência
tudo dissipa
oscila
cresce pra morrer
morre e depois ressurge
grandezas indefinidas
de uma existência pedante
humana e tola
tão trabalhada a toa
alicerces pontuais
cais
é não pensar
anestesia emenda um sonho
emana um som - maldição
naqueles trapos era mulher mais bela
minara de uma rocha
tenta salvar-me
grintando que sou um sociopata
dimdim de-me um pouco disso em sua caixa metálica
que prometo não ser mais assim
sábado, 15 de setembro de 2012
Por indelicadeza ou falta de sorte sei lá. melhor queimar as cartas ocultar qualquer manifestação e não tentar dançar. só preciso dum envelope com meio centímetro de papel dentro.
O homem acocorado, com a mão no queixo olhava a lavoura.
Como pode o feijão dormir numa noite de garoa pra depois rachar o solo seco como um milagre de imensidão verde?
São quadros de feijões enfileirados, que crescem na terra arenosa, nutrindo-se a estrume de gado.
A fava no milho se enrosca, nunca perde uma aurora.
No Quilometro 77 Deus vai te perdoar.
Você vai dormir, despertar com o luar quando a maresia arder.
Olhar pro céu e ver, Júpiter, Mercúrio, Urano...
domingo, 13 de maio de 2012
entre as folhas que se espalham com um sopro do vento
desatento procurando o chão que brota de um passo no vazio
determinado ao próximo e fidedigno passo
no encalço da dúvida peregrina
voltando por cansaço
indo por ir
rindo por rir